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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Entrevista com a Nutricionista Fernanda Ribeiro Costa



Área de atuação: Nutrição Clínica
Hospital e Maternidade Doutor Eugênio Gomes de Carvalho




1     Dhulia -   Qual a função do nutricionista clínico?

Fernanda - No hospital que é meu trabalho, o Nutricionista é uma peça fundamental para o tratamento dos pacientes. Sua função é garantir a alimentação equilibrada e o aporte de nutrientes necessários ao bom estado nutricional, o que será crucial para a evolução clinica e a recuperação, visto que o paciente desnutrido tem fraqueza, alteração na cicatrização de feridas, diminuição das funções dos órgãos, maior risco de infecção e pode até chegar à morte.

2     Dhulia-    Como é a rotina na profissão?

Fernanda - Quando dá entrada ao hospital para ser internado, o paciente deve passar por uma triagem, feita pela Equipes de Nutrição, que vai identificar pacientes que apresentam perda de peso, diminuição da ingestão, doenças graves, os quais necessitam de acompanhamento individualizado.
O Nutricionista fará a avaliação nutricional desses pacientes e para isso ele pode utilizar vários métodos, como: exame físico, medidas de peso, altura, dobras cutâneas e circunferências, aparelhos que avaliam a composição corporal, testes funcionais, exames laboratoriais e também a avaliação do consumo alimentar.
No parte da alimentação, o Nutricionista vai adequar a dieta do paciente de acordo com suas necessidades e/ou sua doença. O acompanhamento é feito até que o paciente esteja ingerindo a quantidade adequada de nutrientes para o seu estado, por isso o monitoramento é diário.
Quando o paciente não consegue se alimentar (ou não o suficiente), ele é indicado para a terapia nutricional na qual pode receber a nutrição enteral ou parenteral e o nutricionista fará o acompanhamento para adequação dos volumes e quantidades de acordo com a doença e a tolerância do paciente.

3    Dhulia-    Você poderia nos contar algumas experiências pelas quais passou em nome da profissão?

Fernanda - Formada em 2012 pelo Centro Universitário de Belo Horizonte, hoje atuo em um hospital e maternidade da cidade de Pedro Leopoldo como nutricionista da área clínica e também sou responsável pelo serviço de nutrição e dietética (SND) além de realizar atendimento em consultório.
Decidi trabalhar na área clínica quando, no terceiro período, comecei a realizar trabalho voluntário neste mesmo local onde trabalho atualmente, isso me levou a me identificar com a rotina de cuidados com os pacientes, já experimentei algumas dietas com restrições alimentares, alguns tipos de dietas enteral, porém administrada na via oral e suplementos alimentares. Para entender melhor também o que eles enfrentavam, o quanto não é fácil seguir aquela dieta super elaborada pela nutricionista. Essa experiência me deixou apaixonada por esse trabalho, sendo depois confirmada nos estágios curriculares.

4  Dhulia-    Você atende pacientes com doenças graves, como trabalha o aspecto emocional para lidar com estas situações difíceis sem se deixar abater?

Fernanda - Normalmente nos primeiros contatos é um pouco difícil, mas com o tempo você consegue compreender a importância do seu trabalho para essas pessoas, e o que elas mais necessitam naquele momento é que estejamos bem para conseguir ajudá-los de alguma forma. Além de que sempre é importante mesmo que seja difícil, separar o lado pessoal do profissional.

5   Dhulia-    Que dicas você daria aos estudantes ou profissionais que desejam atuar em nutrição clínica?

Fernanda - A dica aos estudantes de nutrição é a de aproveitarem ao máximo esse momento dentro da faculdade é um momento mágico e passa tão rápido, tirar todo o conhecimento dos professores, trocar experiências, participar de muitos estágios, trabalhos voluntários, pesquisas de extensão, congressos, seminários, palestras e sempre procurar se atualizar, isso ajudará para ficarem mais seguros após a conclusão da graduação. É uma área que vai testar seus conhecimentos o tempo todo.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012




Profissão Nutricionista






A alimentação é questão importante para a saúde, pois é através da alimentação que os nutrientes chaves para o bom funcionamento do metabolismo são incorporados.
Todas as reações químicas, sem exceção, dependem de nutrientes – em grosso modo, eles deixam o “metabolismo acelerado”.
Quando tratamos de alimentação, precisamos pontuar a diferença entre alimento e comida. Essa diferença é cultural, o produto que pode alimentar certas pessoas não é usado para alimentar outras. Por exemplo: há grupos que consomem formigas, molho pardo (feito de sangue animal), leite de égua, carnes de caça etc – eles alimentam, são fontes de nutrientes importantes, entretanto nem sempre são considerados “comida”, o aspecto cultural nos mostra isso. E, pensando na questão da cultura alimentar, o nutricionista trabalha para introduzir a alimentação saudável para grupos populacionais e para indivíduos sadios ou enfermos, devendo respeitar a individualidade e o “gosto” alimentar deles – sem isso, dificilmente, qualquer dieta é seguida eficientemente.
O nutricionista recebe a formação técnica-científica para pensar o alimento na forma de nutrientes e da maneira que eles podem ser bem aproveitados pelo organismo. Por exemplo, a carne crua tem menos digestibilidade que a carne cozida/assada, assim é melhor consumir a carne na forma cozida para que o organismo consiga digeri-la mais eficientemente e os nutrientes possam estar disponíveis para a absorção intestinal; também, por isso recomenda que os vegetais sejam consumidos ao vapor, pois ao serem cozidos em água, há perda de vitaminas hidrossolúveis, como a vitamina C. Outra função do nutricionista é calcular a dieta de acordo com a necessidade fisiológica e estado nutricional da pessoa: se criança, gestante, idoso, nutriz, atleta, enfermo etc, esse diferencial molda a dieta das pessoas.
A profissão de nutricionista é regulamentada em lei há mais de 20 anos (Lei 8234/91) e determina certas funções que são privativas do nutricionista, ou seja, apenas ele pode desempenhar. Na prática, podemos apontar a atuação dos nutricionistas na área clínica (hospital, ambulatório e consultório de nutrição), na saúde coletiva (creches, escolas, casas de repouso e centros de saúde), na indústria de alimentos (marketing nutricional, SAC e desenvolvimento de produtos), na segurança alimentar (produção de alimentos em restaurantes, indústria e empresas produtoras de alimentos) e dentro dessas áreas, na consultoria e assessoria nutricional. E claro, há a atuação em docência, pesquisa científica e nutrição esportiva.
São funções privativas do nutricionista, segundo o art 3 da Lei 8234/91:
“ – Direção, coordenação e supervisão de cursos de graduação em nutrição;
- Planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação de serviços de alimentação e nutrição;
- Planejamento, coordenação, supervisão e avaliação de estudos dietéticos;
- Ensino das matérias profissionais dos cursos de graduação em nutrição;
- Ensino das disciplinas de nutrição e alimentação nos cursos de graduação da área de saúde e outras afins;
- Auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética;
- Assistência e educação nutricional a coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas e privadas e em consultório de nutrição e dietética;
- Assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e em consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, planejando, analisando, supervisionando e avaliando dietas para enfermos”.
Portanto, quando pensamos a área de nutrição, precisamos ponderar que o nutricionista atua em várias vertentes e que os profissionais, geralmente, escolhem se especializar na área de atuação em que mais se identificam.


Nem todas as Gorduras são ruins...




Quem não conhece alguém que tem colesterol alto? Ou quem não conhece alguém que diz engordar apenas na barriga? É, parece que são coisas impossíveis de não ter para quem gosta de deliciar-se com as mais diversas e saborosas comidas; que muitas vezes são cheias de gorduras. Mas nem tudo está perdido. Vamos entender para que servem as gorduras e as diferenças entre elas. Gorduras são super importantes para o organismo. Entre as suas funções podemos destacar três, sendo elas:

  • são responsáveis por manter a temperatura do nosso corpo;
  • por proteger contra choques mecânicos;
  • por produzir nossos hormônios.


Imaginem a bagunça que seria em nosso organismo se não tivéssemos hormônios. Mas se elas são tão importantes, por quê geram conseqüências tão desastrosas para o nosso organismo? Para responder a essa pergunta vamos entender as diferenças entre as gorduras:


Gorduras saturadas



                                                       

São as gorduras de origem animal. São consideradas as gorduras ruins para o nosso organismo. São responsáveis por elevar o colesterol LDL que podem levar aos problemas cardíacos. Então, sempre que pensamos em um animal, temos que saber que sua gordura é ruim para a nossa saúde. Exemplos: o leite vem da vaca, que por sua vez é um animal, e portanto sua gordura é ruim para a nossa saúde. Um copo de leite integral possui 6g de gorduras, sendo de 3g a 4g somente de gordura ruim. Imaginem, se precisamos de três copos de leite por dia, o que isso pode representar para a nossa saúde! Nesse caso, podemos tomar leite desnatado que possue a mesma composição do leite integral; porém, sem gordura!


Gorduras insaturadas

                                                         

São as gorduras de origem vegetal. São consideradas gorduras boas para a saúde. Óleo de linhaça, azeite, óleos vegetais, abacate, castanhas e nozes são exemplos de gorduras boas. Elas colaboram com o aumento do nosso colesterol bom (HDL). Esse tipo de gordura não deposita-se somente na região da barriga e ainda colaboram com o nosso coração.


Gorduras Trans


                                                      

É uma modificação industrial das gorduras boas transformando-as em gorduras horríveis para a saúde. Além de aumentar a taxa do colesterol ruim (LDL), diminui as taxas do colesterol bom (HDL). Achamos esse tipo de gordura nas bolachas doces, biscoitos salgados, pães doces, sorvetes, gorduras hidrogenadas, chocolates hidrogenados, etc. Sempre precisamos escolher os alimentos que vêm escritos livres de gorduras Trans nas embalagens. Entretanto, lembre-se que apesar do alimento ser livre de gordura trans, não significa que pode ser consumido em excesso. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. E também devemos lembrar que esses alimentos estão livres de gorduras Trans apenas na porção indicada na embalagem. Se desejar consumir um pacote de bolacha sozinho, com certeza irá consumir gordura Trans. Segundo a ANVISA, só é obrigatório colocar a quantidade de gordura Trans no rótulo quando essa for maior que 0,2g, ou seja, uma bolacha pode ter menos dessa quantidade, mas em um pacote cheio não !



Respondendo a pergunta inicial, as gorduras não são as vilãs para a nossa saúde e sim as nossas escolhas em relação à elas. Quem está preocupado com a qualidade da alimentação pode introduzir, por exemplo, creme de soja (origem vegetal) ao invés de creme de leite (origem animal) nas preparações. Em calorias não muda muito, mas em qualidade é totalmente diferente. Gorduras boas devem estar presentes todos os dias nas nossas refeições.

Agora aposto que ficou uma pergunta na cabeça do leitor: mas por quê o óleo é considerado uma gordura boa? Pois é, tanto óleo quanto azeite são ótimos para a saúde desde que não sejam aquecidos. Com a temperatura elevada, essas gorduras boas saturam e transformam-se em gorduras ruins maltratando a nossa saúde.

Agora que vocês entenderam a diferença entre os tipos de gorduras vamos praticar Saúde!


FONTE:
  • http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-sao-gorduras-saturadas-insaturadas-e-gordura-trans





Diet ou Light, você sabe a diferença?






Muitas pessoas têm dúvidas sobre os diferentes tipos de dietas, mas é preciso tomar cuidado na hora da escolha. Existem dois tipos mais conhecidos que são os presentes no mercado hoje. Existem dietas lights e dietas diets. Há uma grande diferença entre os dias, mas muitos desconhecem esse detalhe. Os dois podem ser usados para emagrecimento, mas se feitas de maneira errada, podem trazer um efeito negativo e contrário. É preciso ter cautela e concentração para escolher a melhor forma de dieta. A dieta diet é usada especialmente para quem sofre com diabetes, doença presente em inúmeros brasileiros.


Um alimento é light quando há diminuição de no mínimo 25% de algum nutriente (calorias, gordura, açúcar e outros) de sua composição. Isso indica que não é essencial para quem quer emagrecer, pois a pessoa pode não engordar, porém não irá emagrecer, a menos que a redução ocorra especificamente nas calorias. Já o produto diet é recomendado aos diabéticos, pois estes não devem consumir açúcar. No entanto a ausência do açúcar é contrabalanceada com a da gordura que deixa o alimento mais saboroso.


A diferença entre os dois tipos de dietas confundem muitas pessoas que desejam manter a saúde em dia, independente do tipo de saúde. Se você tem problemas com açúcar, o diet é o mais recomendado. O problema é que muitas pessoas acabam tentando emagrecer com alimentos dietas, mas os mesmos possuem uma grande quantidade de gorduras e outros ingredientes negativos. Esses ingredientes podem acabar ajudando no processo de engorda.


Independente do tipoescolhido, diet ou light, você precisa acompanhar com atividades físicas e consultar um especialista no assunto. Endocrinologistas e nutricionistas são os dois mais indicados para esse tipo de consulta. Não deixe de saber mais sobre como manter a saúde em dia e ainda perder peso.





FONTE:
  • http://www.diabetenet.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=2090 
  • http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/06/especialistas-explicam-diferencas-entre-alimentos-diet-light-e-zero.html 
  • http://www.webrun.com.br/home/n/diet-light-e-zero-aprenda-as-diferencas-entre-eles/13210

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


CAFÉ :MOCINHO OU VILÃO?


Vai um cafezinho aí?
"Num dia frio um bom lugar pra ler um livro, e o pensamento lá em você...", quem não gosta de tomar um café quentinho ou um capuccino cremoso. Uma das bebidas mais apreciadas no mundo o café vem ganhando espaço no cardápio dos brasileiros, que por sua vez vem criando variações de receitas com a utilização de café, “eita” povo criativo esse tal de brasileiro...
De vilão a mocinho o café vem mudando seu conceito, pesquisadores constataram que o café é aliado da saúde pois ajuda a melhorar o humor, previne a depressão, algumas doenças cardiovasculares e câncer.

Por que o café faz bem?

O café não é remédio, mas a comunidade médico-científica já considera a planta como funcional (previne doenças mantendo a saúde) ou mesmo nutracêutica (nutricional e farmacêutico). Isso porque o café não possui apenas cafeína, mas também potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais, embora em pequenas quantidades. O grão do café também possui aminoácidos, proteínas, lipídeos, além de açúcares e polissacarídeos. Mas, o principal segredo: possui uma enorme quantidade de polifenóis antioxidantes, chamados ácidos clorogênicos. Durante a torra do café, esses ácidos clorogênicos formam novos compostos bioativos: os quinídeos. É nessa etapa também que as proteínas, aminoácidos, lipídeos e açúcares formam os quase mil compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico do café. É toda essa composição que faz do café uma bebida natural e saudável.



 Cientistas afirmam: café não faz mal à saúde
Primeiros resultados de uma pesquisa feita pelo Instituto do Coração, em São Paulo, indicam que bebida não aumenta o risco de infarto.

Alguém duvida de que o café seja uma preferência nacional? Tomar um cafezinho é um gesto repetido milhões e milhões de vezes por dia. No Brasil, essa dose instantânea de tradição e alegria só perde para a água como bebida mais consumida. Nove entre dez brasileiros com mais de 15 anos tomam pelo menos um café por dia. O caminho dele até às xícaras é longo. E o tratamento que se dá a esse símbolo nacional está cada vez melhor. 

"Buscamos uma bebida suave, como costumamos falar. Uma bebida que é agradável para a pessoa tomar, que não tenha um sabor estranho nem seja muito forte. Tem que ter um amarguinho, mas com sabor, como se fosse um sabor de fruta. Esse é o ideal", explica o engenheiro agrônomo José Braz Matiello. 


Neto de italianos que chegaram ao Brasil no século 19 para trabalhar em lavouras de café, Matiello passou a vida toda no meio delas. Engenheiro agrônomo e pesquisador, em mais de 40 anos de estrada, ele construiu um nome respeitadíssimo no mundo do café. 



"As pessoas sempre falaram que o café bom vai para o exterior e o ruim fica aqui. Isso acontecia no passado. Hoje em dia, algum mercado ainda pode pagar um preço melhor. Logicamente, o café vai para lá. Mas o consumo interno cresceu muito, em função também da melhoria da qualidade. Passamos de 17 milhões de sacas. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial de café, só perde para os Estados Unidos", diz Matiello. 



Mas não dá para esquecer que o café ainda carrega uma certa fama de vilão da saúde. Muita gente se mantém longe dele. A bebida causaria ansiedade, palpitações. O Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (Incor-USP) até criou uma unidade de pesquisa especial: Café e Coração. A ideia é, pela primeira vez, no Brasil, analisar a ação do café no organismo, comparando pessoas com doenças do coração, diabéticas ou saudáveis, sem nenhuma doença. Parece simples, mas não é. 



Sete voluntários, parte de um primeiro grupo de 27, dedicaram 70 dias à pesquisa. Vida em comum, perfis diferentes. A aposentada Maria Dalva Dias não tem problemas de saúde. Já o marido dela, seu Carlos, tem entupimentos em artérias do coração, que provocam cansaço e dores no peito. Por enquanto, toma remédios. Mas uma cirurgia não está descartada. 



Antes dos primeiros exames, realizados no Incor, os voluntários precisaram reduzir a zero a cafeína no organismo. Uma "limpeza", que levou 21 dias. 



"Foi difícil. Eu senti dor de cabeça. Ficar sem café é ruim. É duro sentir o cheiro do café, ver os outros tomando. É terrível. Eu também não podia consumir refrigerante, chocolate, chá mate. Tive que tirar tudo o que contém cafeína para começar os testes", conta dona Dalva. 



Uma batelada de testes, para que os médicos pudessem verificar como o organismo dos voluntários funcionaria sem cafeína. Depois, todos receberam o mesmo tipo de café, em duas versões: mais ou menos torrado e uma cafeteira para levar para casa, além de uma rotina a ser seguida, rigorosamente, durante várias semanas. "A medida da água e do pó tinha que ser certinha", lembra dona Dalva. 



Seu Carlos e dona Dalva não tiveram nenhum problema em seguir as instruções. A regra era tomar três xícaras de café por dia, nos horários que eles escolhessem. "É mais gostoso. Voltar a tomar café depois de um tempo é muito mais gostoso", comemora dona Dalva. 



De volta ao Incor, os testes foram repetidos. Os médicos estão cautelosos. Ainda é cedo para conclusões definitivas. Mas os primeiros resultados confirmam o que pesquisas internacionais já vêm indicando. "Hoje está claro que tomar café não leva a ter mais infarto. Em vários estudos europeus e americanos, isso começa a cair em termos de verdade. Já há evidências claras de que o aumento da pressão arterial em uma pessoa que toma café regularmente é discretíssimo. É diferente para o individuo que nunca tomou café e de repente toma duas grandes xícaras de café. Esse indivíduo pode se sentir mal, até ter elevação da pressão, taquicardia, porque ele não está acostumado ao café", esclarece o professor Luiz Antonio M. César, médico do Incor. 



Segundo o coordenador da Unidade de Café e Coração, não houve mudanças nos níveis de colesterol dos voluntários. O que era esperado, porque, no café coado, a gordura é filtrada. E a pressão sanguínea deles ficou até um pouquinho mais baixa no período em que tomaram café. Houve também uma agradável surpresa. 



"Não posso afirmar que isso seja um efeito e que vai ser mantido. Mas ficou evidente que houve uma redução de 70% no número de extrassístoles das pessoas que tinham doenças no coração. É muito cedo, mas, no conjunto, eu posso dizer: mal não faz", afirma doutor Luiz Antonio M. César. 



Os resultados dos efeitos do café nos voluntários diabéticos ainda não estão prontos, mas os pesquisadores já podem garantir que o café é até bom para eles. "Todos os estudos epidemiológicos estão mostrando de forma clara que quem toma café tem menos chances de ficar diabético. Ou, se for ficar, ficar mais tarde", revela doutor Luiz Antonio M. César. 



Segundo os especialistas, essa virada da ciência em relação ao café se deve, sobretudo, ao fato de as pesquisas, no passado, encararem o produto como se fosse apenas cafeína. Em vez de xícaras de café, os pacientes testados só recebiam pílulas de cafeína. 



"A cafeína isolada talvez não seja boa, mas o café não é só cafeína, tem centenas de outras substâncias. São estudos recentes que estão mudando a imagem do café", diz doutor Luiz Antonio M. César.


http://www.abic.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=40
http://g1.globo.com/globoreporter/0






sábado, 17 de novembro de 2012

Seria o Sal o grande vilão?



                              

Seria o Sal o grande vilão?



         


            Olá! Gostaria de apresentar a vocês algumas informações importantes e curiosidades com relação ao consumo de sal e os efeitos que seu uso indiscriminado pode causar em nosso organismo. Espero que aproveitem as informações apresentadas. Boa leitura!


         O consumo de sal é fundamental para a regulação dos fluidos corporais e para a transmissão de impulsos nervosos, mas, quando consumido abusivamente, retém uma quantidade de água muito grande em nosso corpo contribuindo para o aumento da pressão arterial.
         Isso acontece porque quando uma pessoa ingere muito sal, essa substância se acumula no sangue e no fluido extracelular, fora das células do corpo. O sódio presente no NaCl (sal de cozinha), aumenta a afinidade desses fluídos por água e o organismo, para a manutenção do equilíbrio osmótico, acaba retendo mais água. Essa absorção faz aumentar a quantidade de sangue circulando nos vasos e, assim, a pressão arterial. É por isso que o sal é considerado, em muitos casos, o grande vilão dos hipertensos!
        Para suprir essa necessidade ''extra'' de água pode-se bebê-la, para que seja absorvida. Caso isso não ocorra, os hormônios antidiuréticos podem ser liberados, fazendo os rins reterem mais água. É por isso que sentimos mais sede quando ingerimos alimentos muito salgados!
          Estimativas apontam que nós, brasileiros, consumimos de 12-15g de sal diários enquanto a média recomendada pela OMS é de 6g por dia. E acredito que você já tenha uma ideia de que as delícias culpadas por esse consumo abusivo são, principalmente, alimentos e temperos industrializados, tais como: caldo de carne, salgadinho, salsicha, enlatados, queijos, cachorro quente, linguiça, mortadela, pizza, catchup, mostarda, salame.
          Esses alimentos, pela sua praticidade e pelo grande apelo comercial para seu consumo, vêm substituindo cada vez mais as refeições naturais e, associados à diminuição do consumo de verduras e cereais (alimentos ricos em potássio), têm seus efeitos sobre a pressão arterial aumentados. Isso porque o potássio atua na regulação de líquido dentro da célula, e sua ingestão pode atuar na diminuição do excesso de água fora da célula, promovido pelo abuso de sódio.
         Vale ressaltar também aos nossos jovens 

internautas que é erradíssimo pensar em diminuir

o consumo de sal apenas quando ficarem velhinhos! 

Apesar de, realmente, os idosos serem os mais 

acometidos por hipertensão (mais de 50% deles), estudos comprovam que indivíduos que abusem do consumo de sal durante a infância e adolescência, além de sofrerem mais com a adaptação a uma dieta com menos sódio quando for necessário, já podem apresentar alguma elevação na pressão sistólica e têm multiplicadas as chances de desenvolverem hipertensão durante a vida adulta.
Por esses motivos, busquem uma alimentação adequada,
com menos gordura e sal e mais fibras, frutas e verduras: vocês
estarão auxiliando seu organismo e possibilitando um envelhecimento saudável!


  • Devido à ação de hormônios, as mulheres, de modo geral, são mais "protegidas" contra os efeitos do sal até a menopausa. Depois disso, o risco de ter hipertensão é mais acentuado nelas do que neles!
  • Consumir sal em excesso NÃO causa celulite: a retensão de água que o sal promove é intravascular, e não na pele; isso pode causar inchaço nos dedos dos pés ou das mãos, mas não celulite!
  • Os doces não estão liberados: produtos adocicados com ciclamato de sódio contém sódio e, assim como o sal, devem ser evitados pelos hipertensos!
  • Os negros são mais sensíveis ao consumo de sódio, fato que pode estar ligado à menor excreção urinária encontrada neste grupo!



















Referências Bibliográficas:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102003000600009&lang=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700048&lang=pt
http://drashirleydecampos.com.br/noticias/22640
http://www.revistavigor.com.br/2008/04/21/hipertensao-arterial-consumo-excessivo-de-sal-nos-alimentos-industrializados/
http://scholar.google.com.br/scholar?q=sal+e+press%C3%A3o+arterial&hl=pt-BR&btnG=Pesquisar&lr=